Uma equipe de cientistas da Universidade do Colorado Boulder, nos Estados Unidos, afirmam que uma geleira situada na Antártida diminuiu consideravelmente de tamanho em apenas dois meses.
++ Governo Trump alcança recorde de desaprovação entre estadunidenses, afirma pesquisa
A descoberta feita em estudo publicado na revista Nature Geoscience, apontou que o processo de degelo teria acontecido em um ritmo quase dez vezes mais rápido do que o já registrado em outras geleiras presas ao solo.
Segundo os pesquisadores, entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, a geleira Hektoria, localizada na Península Antártica Oriental, perdeu 8 quilômetros de gelo. A equipe ainda aponta para uma explicação inédita. A presença de uma “planície de gelo”, uma área de base rochosa plana sob a geleira, teria permitido que ela flutuasse de forma repentina, levando a um colapso em cadeia.
O estudo aponta que o recuo da Hektoria começou após o rompimento do gelo marinho que estabilizava a geleira havia uma década. Com a perda desse suporte, o gelo começou a se fragmentar, acelerando o derretimento e a movimentação do fluxo glacial.
++ Anvisa deve liberar vacina brasileira contra a dengue ainda em 2025
De acordo com os pesquisadores, esse fenômeno confirma que gelo ainda estava preso ao leito rochoso, o que significa que a perda contribuiu diretamente para o aumento do nível do mar. “O recuo da Hektoria é um choque. Esse tipo de colapso em velocidade relâmpago muda o que acreditávamos ser possível. Se as mesmas condições se repetirem em geleiras maiores, isso pode acelerar dramaticamente a elevação do nível do mar”, detalhou Ted Scambos, coautor do estudo.
