Uma equipe de pesquisadores da Duke-NUS Medical School e instituições parceiras desenvolveram um dos mapas celulares mais detalhados já feitos do cérebro humano em desenvolvimento.
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O avanço em questão promove uma visão aprofundada das células cerebrais, e teve seu estudo publicado na revista Science Advances, ofertando um recurso de referência global para cientistas que buscam terapias baseadas em reposição celular.
O mapeamento foi criado por meio de uma estrutura batizada de BrainSTEM (Brain Single-cell Two tiEr Mapping), um processo em duas etapas que analisou cerca de 680 mil células do cérebro fetal. A primeira etapa traçou o panorama celular amplo, enquanto a segunda ampliou a resolução especificamente para o mesencéfalo, onde se localizam os neurônios dopaminérgicos — células essenciais para o controle motor e aprendizado, afetadas no Parkinson.
O atlas detalhado funciona como um “mapa de referência” que permite comparar a precisão de células produzidas em laboratório com as células reais do cérebro humano. A intenção é buscar a garantia de maior qualidade na geração de neurônios dopaminérgicos, apontados como promissores para terapias regenerativas destinadas a aliviar sintomas como tremores e perda de mobilidade.
Dentre as descobertas, os cientistas identificaram que muitos métodos atuais para cultivo de células do cérebro produzem células indesejadas de outras regiões neurais. O fato demonstra a necessidade de aprimorar tanto as técnicas de laboratório quanto a análise de dados para evitar populações “fora do alvo”.
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Segundo os autores do estudo, o BrainSTEM traz um salto para a ciência do cérebro, oferecendo um método rigoroso e dados extensos que podem acelerar o desenvolvimento de terapias celulares. Além disto, o mapa celular detalhado fornece base para tecnologias de inteligência artificial capazes de analisar perfis celulares e personalizar futuras abordagens médicas.
