O Alzheimer está ligado a alterações comportamentais e de humor, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Uma possível resposta para esta questão foi apresentada por um novo estudo conduzido por cientistas brasileiros.
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De acordo com o trabalho liderado pelo neurocientista Eduardo Zimmer, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e publicado na revista Nature Neuroscience, a progressão da doença pode depender de uma inflamação silenciosa no cérebro.
Além disso, duas células até então consideradas pouco importantes podem ter um papel fundamental no desenvolvimento do Alzheimer. Para chegar a estes resultados, a pesquisa combinou exames de imagem cerebral e biomarcadores de mais de 300 participantes.
Deste modo, os pesquisadores descobriram que o cérebro precisa estar em um estado de inflamação para que a doença se estabeleça e progrida. Segundo o novo estudo, a resposta pode estar na neuroinflamação, uma reação do próprio cérebro que, quando se torna crônica, acelera o processo de degeneração.
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O trabalho observou que o acúmulo da proteína beta-amiloide só causa problemas quando o sistema de defesa do próprio cérebro também entra em ação. “A microglia é como o sistema imune do cérebro. Quando ela se ativa, libera substâncias que ‘acordam’ os astrócitos, e isso inicia uma reação em cadeia. Sem essa ativação dupla, a amiloide sozinha não é suficiente para causar o dano”, explicou Zimmer.
