Quando você pega o celular, seu cérebro entra imediatamente em modo de recompensa. A expectativa de uma mensagem, curtida ou notificação ativa o sistema dopaminérgico, responsável pela sensação de prazer e motivação. Esse mecanismo, semelhante ao que ocorre em outros comportamentos gratificantes, faz com que o cérebro queira repetir a ação, por isso é tão fácil checar o aparelho sem perceber.
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Ao mesmo tempo, o córtex pré-frontal, área ligada à atenção e ao controle cognitivo, é constantemente interrompido. Cada notificação ou troca rápida de tarefas fragmenta o foco e obriga o cérebro a reiniciar pequenos processos mentais. Essa alternância pode gerar sensação de cansaço mental, mesmo após atividades simples.
O uso prolongado também estimula respostas de estresse. A enxurrada de estímulos luminosos, sons e informações rápidas ativa o sistema nervoso simpático, elevando níveis de cortisol em algumas situações. À noite, a luz azul das telas sinaliza ao cérebro que ainda é dia, reduzindo a produção de melatonina e prejudicando a qualidade do sono.
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Isso faz mal? Depende da frequência e da forma de uso. Em doses moderadas, o celular não é necessariamente prejudicial, mas o excesso pode afetar atenção, memória, humor e descanso. Especialistas recomendam pausas regulares e limites de tela, especialmente antes de dormir, para manter o cérebro em equilíbrio.
