Embora o corpo humano passe por diversos processos naturais de decomposição após a morte, os cabelos costumam permanecer intactos por muitos anos, às vezes, por séculos. Isso acontece porque eles são formados principalmente por queratina, uma proteína extremamente resistente encontrada também em unhas, penas e chifres. Essa estrutura fibrosa é tão durável que a maioria dos micro-organismos que atuam na decomposição simplesmente não consegue quebrá-la com facilidade.
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Além da própria composição química, fatores ambientais contribuem para a conservação dos fios. Em solos muito secos, ácidos ou com baixa presença de oxigênio, a degradação orgânica ocorre de forma mais lenta, e a queratina se mantém ainda mais protegida. Mesmo em condições favoráveis à decomposição, os cabelos se deterioram muito mais devagar do que tecidos moles, músculos ou órgãos internos, que são rapidamente consumidos por bactérias e insetos.
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Por isso, é comum que arqueólogos encontrem mechas preservadas em sepultamentos antigos, revelando que o cabelo funciona quase como um “registro biológico” resistente do corpo humano. Embora o restante do organismo desapareça com o tempo, os fios permanecem como um dos últimos vestígios materiais da vida que ali existiu.
