Um artigo científico descreveu uma vacina oral que usa bactérias probióticas para estimular o sistema imunológico a combater tumores.
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O método costuma combinar microrganismos geneticamente modificados com nanopartículas de ferritina que exibem dois antígenos tumorais, e já apresentou resultados positivos em modelos pré-clínicos de melanoma.
A bactéria probiótica é programada para se “autodestruir” dentro do intestino quando estimulada por arabinose, liberando partículas de ferritina cheias de antígenos. As nanopartículas conseguem atravessar a barreira intestinal por meio de células especiais chamadas M-cells, alcançando células do sistema imune local.
A vacina faz uso de uma bactéria probiótica modificada para produzir nanopartículas de ferritina decoradas com dois antígenos tumorais: OVA (um antígeno modelo) e TRP2 (associado ao melanoma). As nanopartículas são organizadas de forma multivalente, o que significa que muitos antígenos ficam expostos em uma só partícula.
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Apesar dos resultados promissores, a transição para uso clínico ainda enfrenta obstáculos. A lise bacteriana precisa ser muito bem calibrada para evitar inflamação ou efeitos adversos. Há ainda a necessidade de escalar a produção dessa cepa modificada e das nanopartículas com rigor de qualidade farmacêutica. Por fim, os modelos em camundongos nem sempre se traduzem diretamente para humanos, o que exige mais estudos antes de qualquer aplicação clínica.
