Um artigo científico sugeriu que o sistema estelar binário Eta Cassiopeiae, que fica a apenas 19 anos-luz da Terra, pode ser mais promissor do que se pensava na busca, e pode abrigar pequenos mundos rochosos em regiões estáveis o bastante para sustentar a vida.
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A Eta Cassiopeiae é formada por duas estrelas que orbitam um mesmo centro de gravidade em um ciclo de 472 anos. A maior delas é uma estrela do tipo G, semelhante ao nosso Sol, e a menor é uma estrela do tipo K, com pouco mais da metade da massa solar.
Com dados da missão Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), cientistas obtiveram medições mais precisas das massas e órbitas dessas duas estrelas. O astrônomo Stephen Kane, da Universidade da Califórnia em Riverside, e sua equipe combinaram essas informações com observações feitas por um espectrômetro instalado no alto de uma montanha no Havaí, criando simulações detalhadas do comportamento de possíveis planetas ao redor da estrela maior, Eta Cassiopeiae A.
As simulações mostraram que a parte externa do sistema é instável. Qualquer planeta orbitando além de oito unidades astronômicas (UA) seria facilmente perturbado pela influência gravitacional da estrela menor. Os mundos hipotéticos acabariam expulsos do sistema, tornando essa região praticamente vazia.
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A zona habitável é a faixa em que a temperatura permite a existência de água líquida. Segundo os resultados, pequenos planetas rochosos poderiam sobreviver nessa região mesmo com algumas variações sazonais causadas por órbitas mais excêntricas. Os pesquisadores destacam que sistemas assim são candidatos interessantes para futuros telescópios, como o Telescópio Extremamente Grande (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile.
