O número de pessoas vivendo com demências, como o Alzheimer, têm crescido cada vez mais no decorrer dos últimos tempos. Diante da falta de tratamentos curativos, cresce o interesse por alternativas que possam retardar o declínio cognitivo.
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Um estudo brasileiro, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, testou microdoses da planta em pacientes com Alzheimer leve, trazendo sinais iniciais de benefício.
O ensaio clínico, conduzido na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), investigou o uso diário de um extrato contendo THC e CBD em concentrações muito baixas.
Segundo Fabrício Pamplona, Doutor em Farmacologia na UFSC, “essas doses subpsicoativas atuam quase como uma suplementação, modulando sistemas biológicos sem alterar a consciência”. Após 24 semanas, os participantes que receberam o extrato apresentaram estabilização em uma das medidas da escala ADAS-Cog, enquanto o grupo placebo mostrou piora.
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Para Pamplona, os achados se somam a evidências de que o sistema endocanabinoide sofre declínio com o envelhecimento, e que estimular esse sistema pode proteger o cérebro. Apesar das limitações, ele afirma que o trabalho representa “o primeiro ensaio clínico a testar microdoses de cannabis com resultados positivos em Alzheimer”.
