Uma equipe de pesquisadores brasileiros identificaram uma enzima com forte potencial para combater a bactéria resistente Staphylococcus aureus, conhecida por causar infecções persistentes e difíceis de tratar.
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O estudo, publicado no World Journal of Microbiology and Biotechnology, aponta que a enzima KaPgaB pode degradar com alta eficiência os biofilmes que funcionam como barreira de proteção para a bactéria, dificultando a ação de antibióticos.
A Staphylococcus aureus é responsável por infecções comuns em pele, feridas e pulmões. Seu principal mecanismo de defesa é a formação de biofilmes, estruturas aderentes que podem multiplicar a resistência aos tratamentos. Segundo os cientistas, desmontar essa camada é fundamental para reduzir a capacidade da bactéria de sobreviver a medicamentos.
A enzima KaPgaB, originalmente encontrada na bactéria Klebsiella aerogenes, foi produzida em laboratório e testada contra diferentes cepas de Staphylococcus aureus, incluindo versões resistentes a antibióticos de uso clínico.
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Além disso, a enzima mostrou capacidade de impedir a criação de novas estruturas protetoras. Em uma das cepas analisadas, a formação de biofilme foi reduzida em até 96%, indicando potencial de uso tanto curativo quanto preventivo. Outro destaque da pesquisa é que a combinação da enzima com antibióticos aumentou significativamente a eficiência dos medicamentos.
