Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Amsterdam concluiu que o feedback nas redes sociais afeta a saúde mental dos jovens. A pesquisa mostrou que os jovens são mais sensíveis aos “likes” do que os adultos. Essa sensibilidade, portanto, leva a mudanças no humor e no engajamento online.
Por exemplo, quando um jovem recebe menos curtidas do que esperava, ele tende a passar mais tempo na rede social na busca ansiosa por aprovação. Isso, por sua vez, resulta em alterações bruscas no estado de ânimo. Por outro lado, quando eles recebem mais curtidas do que esperavam, o humor melhora significativamente.
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Além disso, os autores do estudo destacam que a adolescência é uma fase de desenvolvimento crítico. A sensibilidade à recompensa e à rejeição é especialmente forte nessa fase, o que leva a comportamentos impulsivos e sintomas depressivos.
Consequentemente, os resultados sugerem que as empresas de tecnologia devem implementar intervenções para mitigar os efeitos negativos do uso de redes sociais na juventude. Nesse sentido, os pesquisadores recomendam que as plataformas reavaliem suas estruturas de incentivo, reduzindo a ênfase em curtidas e promovendo um engajamento mais significativo.
Ademais, o estudo critica a eficácia das iniciativas que buscam aumentar a alfabetização digital dos jovens, que já estão familiarizados com o tema. Assim, o foco deve ser o desenvolvimento de métodos de regulação emocional para ajudar os jovens a lidarem com os estímulos das redes.
Como o estudo foi realizado
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dados de postagens reais do Instagram e usaram um modelo computacional para avaliar a sensibilidade a curtidas.
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Além disso, eles realizaram um estudo experimental que imitou as interações das plataformas para rastrear mudanças de humor. Por fim, uma análise de neuroimagem revelou que a sensibilidade ao feedback social se relaciona a diferenças no volume da amígdala, a região do cérebro responsável pelo processamento das emoções.