Repentinamente, algumas pessoas começam a perceber rostos alterados de maneira assustadora. A prosopometamorfopsia (PMO) continua sendo um mistério para a ciência, pois sua origem permanece desconhecida. No entanto, pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, reproduzir a percepção visual de alguém afetado por essa condição, revelando novas perspectivas sobre seus efeitos.
Experiência de Victor Sharrah
Victor Sharrah, morador de Clarksville, Tennessee, vivenciou essa condição em um dia aparentemente comum. Ao cumprimentar seu colega de apartamento, ele não viu o rosto familiar, mas uma figura perturbadora: orelhas pontudas, olhos exageradamente grandes e uma boca deformada que ocupava todo o rosto. Conforme Victor descreve, “Pensei que havia acordado em um filme de terror”. Ainda assim, ele tentou manter a calma. Contudo, ao passear com seu cachorro, ele se deparou com outras faces igualmente distorcidas nas pessoas ao seu redor.
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O Impacto psicológico da PMO
Essa experiência provocou uma profunda inquietação em Sharrah, a ponto de cogitar buscar internação psiquiátrica. Aos 59 anos, ele passou a acreditar que estava “enlouquecendo” por causa das visões perturbadoras. Contudo, após avaliações médicas, constatou-se que Sharrah é portador de prosopometamorfopsia, uma condição visual raríssima, capaz de modificar a percepção de rostos por dias, meses ou até anos.
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Diagnóstico e desafios
Por causa de suas manifestações peculiares, médicos geralmente confundem a prosopometamorfopsia com transtornos mentais como esquizofrenia ou psicose. Essa confusão, porém, pode dificultar o diagnóstico correto e a compreensão da condição, prejudicando o acesso ao tratamento adequado e aprofundando o impacto psicológico para os portadores.