O mosquito Aedes aegypti, conhecido no Brasil por transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya, além de detectar o gás carbônico (CO²), costuma ser atraído por determinadas cores de roupas, incluindo vermelho, laranja, preto e ciano.
++ Youtuber que gravava com animais selvagens morre após ser picado por cobra venenosa
Um estudo científico publicado pela revista Nature Communications explicou que os pesquisadores apontaram que essas descobertas ajudam a explicar como o mosquito encontra seus hospedeiros, visto que a pele humana, independente da pigmentação, emite um forte “sinal” vermelho-alaranjado para a visão do inseto.
“Os mosquitos parecem usar odores para ajudá-los a distinguir o que está próximo, como um hospedeiro para picar. Quando eles cheiram compostos específicos, como o CO² da nossa respiração, esse cheiro estimula os olhos a procurar cores específicas e outros padrões visuais, que estão associados a um hospedeiro em potencial, e se dirigem a ele”, comenta o pesquisador Jeffrey Riffell, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, principal autor do estudo.
Por outro lado, a Aedes aegypti parece ignorar tons, como verde, roxo, azul e branco. “Eu costumava dizer que três coisas eram essenciais que atrair mosquitos: respiração, suor e temperatura da pele. No estudo, encontramos uma quarta: a cor vermelha, que pode ser encontrada não apenas nas roupas, mas também na pele de todos nós. O tom da sua pele não importa, todos nós estamos emitindo uma forte assinatura vermelha. Filtrar essas cores atraentes em nossa pele, ou usar roupas que não tenham esses tons, pode ser outra maneira de evitar a picada de mosquito”, sugere Riffell.
Sem qualquer estímulo de odor, os mosquitos ignoraram em grande parte um ponto no fundo da câmara, independente da cor. Depois de uma borrifada de CO², os insetos continuaram a ignorar o ponto, caso fosse verde, azul ou roxo; porém, se fosse vermelho, laranja, preto ou ciano, os mosquitos voavam em direção a ele. Os humanos não podem sentir o cheiro de gás carbônico, porém, a fêmea do Aedes consegue sentir.
Segundo o site americano, quando o estudo repetiu os experimentos da câmara com cartões de pigmentação de tons de pele de humanos – ou a mão de um pesquisador – as fêmeas de Aedes aegypti voaram novamente em direção ao estímulo visual somente depois que o CO² foi pulverizado. Caso outros filtros fossem usados para filtros remover a indicação do comprimento de onda longo, os mosquitos não seguiam em direção ao estímulo.