A tartaruga Mary River (Elusor macrurus), uma espécie australiana rara e ameaçada, chama a atenção por suas características únicas. Além de seu visual “punk”, com algas que crescem sobre sua cabeça e corpo, dando a impressão de “cabelo verde”, essa tartaruga possui uma habilidade incomum: ela respira pelos órgãos reprodutores, o que lhe permite permanecer submersa por longos períodos.
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Através de suas bursas cloacais — pequenas estruturas que absorvem oxigênio diretamente da água —, ela consegue permanecer submersa por até 72 horas. Esse mecanismo raro entre as tartarugas permite que ela fique mais tempo embaixo d’água, adaptando-se extraordinariamente ao ambiente aquático.
Entretanto, a situação dessa espécie é crítica. A captura massiva para o mercado de pets nas décadas de 60 e 70, aliada à construção de barragens, reduziu drasticamente sua população. Além disso, como seu ciclo de reprodução é lento — alguns indivíduos só acasalam aos 25 anos —, a Mary River enfrenta enormes dificuldades para se recuperar.
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Com uma vida útil que pode chegar a 100 anos, a tartaruga Mary River cumpre um papel vital no ecossistema aquático. Proteger essa espécie, portanto, significa preservar a biodiversidade singular da fauna australiana e assegurar um futuro para a vida selvagem do planeta.