O aumento das explosões solares têm se tornado motivo de preocupação entre os profissionais do campo científico. As tempestades geomagnéticas que costumam ocorrer provocam perturbações nas comunicações, na transmissão de energia elétrica, navegação e as operações de rádio e satélite.
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Pesquisadores do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie, da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da School of Physics and Astronomy, da University of Glasgow (Escócia) avaliaram os fenômenos ainda maiores que ocorreram com as estrelas Kepler-411 e Kepler-396, e que não estão distantes de nós.
O artigo, que foi publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, explicou que, assim como o aumento das explosões solares afeta a Terra, as super explosões , podem impactar a atmosfera de exoplanetas e influenciar, entre outros fatores, as condições para a formação ou destruição de possível vida microbiológica nesses planetas.
Há dois modelos principais sob investigação. O mais adotado trata a radiação da super explosão como emissão de corpo negro a uma temperatura de 10 mil Kelvin. O menos comum, por sua vez, associa o fenômeno a processos de ionização e recombinação de átomos de hidrogênio. Os modelos foram avaliados com auxílio da FAPESP através de três projetos.
Os pesquisadores analisaram 37 eventos de Kepler-411 e cinco eventos de Kepler-396, utilizando ambos os mecanismos de radiação. Estes processos são descritos a partir das explosões solares. Apesar das diferenças, as explosões solares continuam impulsionando modelos que interpretam explosões estelares, devido à grande quantidade de informações acumuladas sobre elas desde seus registros, em 1859.
O aumento das explosões solares ocorrem em regiões mais ativas do Sol, e se associam a intensos campos magnéticos. A energia acumulada nos campos magnéticos da coroa solar é liberada, aquecendo o plasma e acelerando partículas como elétrons e prótons.