Um novo estudo revelou que antibióticos como a ciprofloxacina, usados amplamente contra infecções urinárias, podem ocasionar efeitos inesperados no metabolismo bacteriano.
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De acordo com o estudo realizado por pesquisadores do Rutgers Health, e publicado na revista Nature Communications, o medicamento pode induzir uma crise energética nas células, chamada de “estresse bioenergético”, que não só aumenta a chance de sobrevivência dos microrganismos, como também acelera o desenvolvimento de resistência.
Ao investigar os níveis de ATP (a principal fonte de energia celular), os cientistas observaram que o esgotamento dessa molécula trouxe as bactérias a intensificarem seu metabolismo, aos quais provocaram um aumento na respiração celular e na liberação de radicais livres de oxigênio.
Como resultado, mais células sobreviveram aos antibióticos. Em testes, cepas de E. coli submetidas ao estresse resistiram até 10 vezes mais à ciprofloxacina do que as não estressadas.
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Os pesquisadores também notaram que outros antibióticos, como gentamicina e ampicilina, também drenam ATP, sugerindo que esse efeito metabólico pode ocorrer em diferentes classes de medicamentos e em diversos tipos de bactérias, incluindo o Mycobacterium tuberculosis.