Um estudo realizado por cientistas apontou que o El Niño pode ficar mais longo conforme o aquecimento global avançar, assim como o La Niña, que é o fenômeno climático oposto.
++ Brasil abriga o vulcão mais antigo já identificado no planeta; conheça-o
A pesquisa conduzida por americanos e australianos foi baseada na reconstrução da linha do tempo da atmosfera da Terra nos últimos oito séculos. Os cientistas checaram os impactos da revolução industrial – quando humanos passaram a emitir mais gases do efeito estufa – no El Niño (e La Niña, consequentemente).
A climatóloga Georgina Falster, da Universidade Washington de St. Louis (EUA), descreveu o resultado da pesquisa num artigo, publicado na revista científica Nature. O foco foi avaliar a Corrente de Walker, por se tratar de um padrão de circulação atmosférica e oceânica nos trópicos que desempenha um papel fundamental no sistema climático global.
++ Gatinha grávida protagoniza ensaio de gestante e conquista a internet
A pesquisa foi baseada na reconstrução da linha do tempo do clima nos últimos oito séculos. Deste modo, os cientistas analisaram os períodos nos quais a temperatura do planeta oscilou naturalmente, e concluiu que os intervalos entre os fenômenos El Niño e La Niña ficaram mais curtos ao longo do tempo. Em vez de durar um ano, os fenômenos se emendaram ou repetiram por dois a três anos.