Assistir a vídeos curtos nas redes sociais é uma forma popular de escapar do tédio. Mas, um estudo recente sugere que essa prática pode, na verdade, agravar o problema. A pesquisa, publicada no Journal of Experimental Psychology: General, revela que a alternância constante de vídeos pode intensificar o sentimento de tédio. Embora a troca de vídeos pareça aliviar a sensação, ela torna a experiência de visualização menos satisfatória.
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O estudo foi conduzido pela Universidade de Toronto e envolveu cerca de 1.200 participantes. Para investigar o impacto da alternância rápida de vídeos no tédio, os pesquisadores realizaram dois experimentos. No primeiro, os participantes assistiram a um vídeo de 10 minutos sem a opção de avançar ou alternar. Em seguida, assistiram a sete vídeos curtos de cinco minutos cada, com a liberdade de trocar entre eles. No segundo experimento, os participantes assistiram a um vídeo de 10 minutos e, depois, puderam alternar entre um vídeo de 50 minutos, avançando ou retrocedendo conforme quisessem.
Os resultados mostraram que a troca constante de vídeos intensificava o sentimento de tédio, mesmo quando os vídeos eram do interesse dos participantes.
A explicação está na falta de envolvimento profundo com o conteúdo, já que os vídeos curtos não exigem muita atenção. Esse comportamento gera um prazer fugaz, ativando o sistema de recompensa do cérebro, mas também acelera a necessidade de estímulos mais intensos.
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O tédio, quando persistente, pode afetar a saúde mental, sendo um sinal de alerta para condições como depressão e ansiedade. Buscar atividades mais envolventes e interações sociais fora das telas pode ser uma forma eficaz de combater o tédio, promovendo bem-estar e evitando a monotonia.