O “ataque de fofura” é aquele impulso que sentimos ao ver um bebê ou filhote irresistivelmente fofo. A vontade de apertar, esmagar ou até morder algo adorável não tem intenção de machucar, mas é um fenômeno comum. Esse comportamento, que parecia inexplicável, tem explicação científica. De acordo com a psicóloga Katherine Stavropoulos, da Universidade da Califórnia, essa reação é ligada ao nosso cérebro e ao sistema emocional.
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Em 2015, pesquisadores da Universidade de Yale identificaram que, ao verem filhotes ou bebês mais fofos, as pessoas tendem a se sentir mais agressivas. Isso chamou a atenção de Katherine, que começou a estudar as respostas neurais a esses estímulos. Ela usou eletrodos para medir a atividade cerebral de participantes enquanto observavam fotos de filhotes e bebês. O objetivo era entender como o cérebro reage à fofura.
Os resultados confirmaram que tanto o sistema de recompensa quanto o emocional estão envolvidos nesse fenômeno. A pesquisa mostrou uma forte correlação entre a percepção de fofura agressiva e a ativação de áreas do cérebro ligadas ao prazer e ao desejo. As respostas mais intensas ocorreram ao ver filhotes de animais, sugerindo que esse impulso está relacionado a uma sensação de maravilhamento.
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Katherine acredita que o “ataque de fofura” tem uma função evolutiva. Ele ajudaria a garantir que as pessoas cuidem de criaturas que consideram irresistíveis. Ou seja, quando a fofura é tão avassaladora, o cérebro ativa esse mecanismo para evitar que a pessoa fique paralisada pela sensação de adorabilidade, permitindo que ela continue cuidando de filhotes e bebês.