
Nos últimos dias, viralizou a ideia de que a China estaria desenvolvendo um “robô capaz de engravidar” e levar uma gestação completa até o nascimento. A informação, porém, é falsa. Não existe nenhum robô desse tipo em desenvolvimento, e a história surgiu a partir de publicações enganosas que citavam um suposto pesquisador, Zhang Qifeng, ligado a uma empresa fictícia chamada Kaiwa Technology.
Veículos como Newsweek e The Economic Times chegaram a repercutir a narrativa, mas investigações mostraram que não há registro nem do cientista nem da empresa. A Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, mencionada nas publicações, negou qualquer envolvimento com pesquisas sobre “robôs gestantes”.
Mas úteros artificiais existem?
Embora a “barriga de aluguel robótica” seja apenas boato, a ciência de fato pesquisa há anos os chamados úteros artificiais. Diferente da ideia de gerar um bebê desde a concepção, esses dispositivos têm como objetivo salvar prematuros extremos.
Um dos principais exemplos é o projeto EXTEND, do Hospital Infantil da Filadélfia (EUA). O sistema consiste em uma bolsa com fluido semelhante ao líquido amniótico, conectada a uma máquina que imita parte das funções da placenta. Em testes com cordeiros, os animais conseguiram se desenvolver nesse ambiente por semanas, simulando o útero materno.
A meta desses estudos não é substituir a gravidez humana, mas oferecer um ambiente de transição seguro para bebês que nascem antes das 28 semanas, reduzindo riscos de complicações graves.
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Conclusão
Ninguém vai “encomendar um bebê a um robô” tão cedo. O que existe, em 2025, são pesquisas promissoras em úteros artificiais voltadas exclusivamente para cuidados neonatais. A tecnologia ainda está em fase experimental, mas pode revolucionar o tratamento de recém-nascidos prematuros nos próximos anos.