Brasileiros criaram um novo teste do pezinho que identifica mais de 50 imunodeficiências. A startup paulista Immunogenic, com apoio da FAPESP, desenvolveu a inovação. Em comparação, o teste atual detecta apenas seis doenças. O estudo começou em 2009 e validou milhares de amostras.
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Antonio Condino-Neto, pesquisador da USP e diretor da Immunogenic, explicou que o objetivo é detectar imunodeficiências raras. Embora os testes importados sejam eficazes, eles não identificam todas as doenças. O teste nacional, por sua vez, está sendo calibrado “há 15 anos no DNA brasileiro”.
O diagnóstico precoce é essencial, pois muitas doenças raras exigem tratamento imediato. A imunodeficiência grave combinada (SCID), por exemplo, deve ser diagnosticada nos primeiros meses de vida. O tratamento precoce pode salvar vidas, como no caso da agamaglobulinemia.
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Atualmente, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Paulo usa o teste. A próxima etapa será registrar o exame na Anvisa e encontrar parceiros para a produção em larga escala. Uma lei sancionada em 2021 obriga todos os serviços de saúde do país a oferecerem essa triagem ampliada até 2026.