Um cálice de prata de 4,3 mil anos encontrado na Cisjordânia, Palestina, pode trazer a que seria a representação mais antiga conhecida da criação do universo.
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O artefato, descoberto em 1970, foi enterrado ao lado de um indivíduo de alto status da Idade do Bronze, como parte de um ritual ligado ao renascimento espiritual após a morte. Com apenas 8 centímetros, o cálice de Ain Samiya chama atenção pelo nível de detalhe e pela narrativa visual que parece retratar duas etapas da gênese cósmica, segundo o IFLScience.
A primeira cena mostra um universo ainda sem forma definida, dominado por uma serpente que simboliza a fusão entre céu, terra, plantas e animais. De acordo com os autores do estudo, a imagem representa um estágio inicial “em que o céu e a terra, os animais e as plantas estavam fundidos, de modo que não podiam desenvolver seu potencial”.
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No painel seguinte, a mudança traz uma serpente derrotada enquanto duas figuras humanoides erguem o Sol. Para os pesquisadores, é o momento em que a ordem supera o caos. Os autores afirmam que “o cálice de Ain Samiya não retrata cenas do Enuma Elish, visto que o cálice é anterior ao mito de criação babilônico em mais de um milênio e é notavelmente desprovido de imagens violentas”.
