Cientistas descobrem procedimento capaz de apagar memórias ruins

Data:

Pesquisadores da Universidade de Hong Kong desenvolveram uma abordagem inovadora para neutralizar memórias negativas. Essa técnica, que envolve a reativação de lembranças agradáveis durante o sono, foi testada com sucesso e publicada na renomada revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

++ Bezerra pode ser responsável pela redução de gases de efeito estufa

O procedimento utiliza a associação de memórias com estímulos sensoriais, como sons e cheiros. Posteriormente, esses estímulos são reapresentados durante o sono, permitindo que o cérebro conecte inconscientemente os sinais às lembranças e ative memórias específicas.

Para validar a técnica, os cientistas recrutaram jovens com cerca de 20 anos. Inicialmente, os voluntários foram expostos a 48 imagens positivas e 48 negativas. No primeiro dia, os participantes associaram imagens negativas a palavras específicas, que foram questionadas antes de dormirem, ajudando a consolidar essas memórias.

++ Megaestruturas alienígenas estão escondidas na Galáxia, revela cientistas

No dia seguinte, os pesquisadores apresentaram imagens positivas, vinculando metade das palavras às novas associações. Essa etapa criou um elo entre memórias negativas e positivas. Durante a segunda noite, as palavras gravadas foram reproduzidas na fase NREM do sono, momento essencial para a consolidação de memórias. Enquanto as gravações eram reproduzidas, os cientistas notaram um aumento na atividade das ondas teta do cérebro, que estão ligadas ao processamento emocional das memórias. Além disso, questionários aplicados posteriormente indicaram que os participantes tiveram maior dificuldade em lembrar das memórias negativas associadas aos estímulos positivos.

Esses resultados sugerem um caminho promissor para tratamentos que visam reduzir o impacto de traumas e emoções negativas. Apesar disso, estudos futuros são necessários para explorar o potencial completo da técnica e suas aplicações em populações maiores.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Compartilhe:

Newsletter

spot_imgspot_img

Popular

Leia mais
Veja também