A ideia de sentir o sabor de um alimento sem estar fisicamente próximo dele pode parecer futurista, mas uma equipe de cientistas da Universidade Estadual de Ohio está tornando esse conceito uma realidade. Em um estudo publicado na revista Science Advances, pesquisadores apresentaram um dispositivo capaz de transmitir sabores à distância, permitindo que voluntários experimentassem sensações gustativas de diferentes alimentos, como café, limonada, ovos fritos, bolo e sopa de peixe.
O projeto, liderado pela estudante de engenharia de materiais Yizhen Jia e seu orientador Jinghua Li, resultou na criação do e-Taste, um sistema que utiliza sensores e microfluídica para replicar gostos específicos. A tecnologia emprega pequenas bombas eletrônicas que liberam substâncias químicas capazes de simular a composição de um determinado sabor, criando uma experiência gustativa semelhante à original.
++ Empresa Meta cogita criação de aplicativo apenas para assistir reels; entenda
Durante os testes, os participantes conseguiram identificar diferentes concentrações de acidez ao provar amostras artificiais de limonada. Além disso, outras combinações químicas foram utilizadas para reproduzir o sabor de diversos alimentos. Apesar dos avanços, os pesquisadores destacam desafios, como a dificuldade em simular com precisão a textura e o aroma, elementos essenciais para a experiência completa do paladar.
Os cientistas acreditam que essa inovação pode ter aplicações diversas, desde aprimorar experiências de realidade virtual até permitir que consumidores experimentem produtos antes da compra. Além disso, a tecnologia pode ser útil para pesquisas em nutrição e até mesmo para a criação de novos métodos de ensino na gastronomia.
++ Oscar 2025: ‘Ainda estou aqui’ leva prêmio de melhor filme internacional
Atualmente, a equipe busca aprimorar o dispositivo, reduzindo seu tamanho e explorando a possibilidade de simular texturas por meio de pequenas vibrações na língua. Embora ainda esteja em fase experimental, o e-Taste representa um avanço significativo na forma como a tecnologia pode interagir com os sentidos humanos, abrindo caminho para novas formas de experiência sensorial no futuro.
