Cientistas da Universidade de Illinois descobriram uma maneira inovadora de transformar a casca do pomelo em energia elétrica. Normalmente descartada, essa parte da fruta cítrica apresenta uma estrutura porosa que pode ser explorada para gerar eletricidade. O estudo buscou reduzir o desperdício e criar valor a partir de resíduos agrícolas. Para isso, os pesquisadores liofilizaram a casca e armazenaram sob diferentes condições de umidade antes de transformá-la em um dispositivo energético.
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O princípio por trás desse processo é a eletrização por contato, também conhecida como triboeletrificação. Esse fenômeno ocorre quando dois materiais se friccionam e transferem cargas elétricas entre si. Os cientistas combinaram biomassa de casca de pomelo com um filme plástico para criar camadas triboelétricas. Quando pressionadas, essas camadas geram eletricidade, que pode ser usada para alimentar pequenos dispositivos.
Nos testes, apenas tocando o dispositivo com o dedo, foi possível acender cerca de 20 LEDs. Além disso, a tecnologia foi capaz de alimentar calculadoras e relógios esportivos sem necessidade de uma fonte externa de energia. Apesar de não ser suficiente para abastecer uma casa, a descoberta pode ser útil para converter energia desperdiçada em eletricidade funcional.
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Uma aplicação promissora dessa tecnologia está na área da saúde e do esporte. Sensores criados a partir da casca do pomelo podem ser usados no corpo humano para monitorar movimentos biomecânicos. Isso pode beneficiar atletas e profissionais de reabilitação, permitindo um acompanhamento mais preciso de padrões de marcha e articulações. Com essa inovação, os cientistas mostram que resíduos alimentares podem ter um papel importante na sustentabilidade e na criação de novas tecnologias.
Fonte: ACS Applied Materials & Interfaces