Uma equipe de cientistas da Universidade de Bangor, no País de Gales, está desenvolvendo um novo combustível nuclear para futuras bases espaciais na Lua.
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O trabalho dos pesquisadores conta com o apoio da Agência Espacial do Reino Unido, e possui como objetivo de criar um combustível para os microrreatores que serão desenvolvidos pela Rolls-Royce e que alimentarão futuros postos avançados lunares até 2030.
A nova tecnologia é considerada fundamental para garantir a realização de missões de longo prazo na Lua, além de estabelecer uma presença humana permanente na superfície lunar. A combinação de frio congelante e escuridão exige sistemas de energia nuclear para manter qualquer tipo de operação em andamento, segundo informações da New Atlas.
Os reatores nucleares em desenvolvimento não serão como os convencionais usados na Terra e que dependem de barras de combustível. Ao invés, eles seriam menores e utilizariam o que é chamado de combustível de partículas ISOtrópico estrutural (TRISO).
Criadas por impressão 3D, essas partículas de combustível são feitas de urânio enriquecido, carbono e oxigênio, com um núcleo de urânio selado dentro de camadas de carbono e cerâmica. Na contramão das barras de combustível, essas partículas são extremamente fortes e lidam com temperaturas muito altas, elas também são resistentes a danos causados por irradiação de nêutrons, corrosão e oxidação.
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“Na Lua e em corpos planetários que têm dia e noite, não podemos mais depender do Sol para energia e, portanto, devemos projetar sistemas como o pequeno microrreator para sustentar a vida. A energia nuclear é a única forma que temos atualmente de fornecer energia para essa duração das viagens espaciais. O combustível deve ser extremamente robusto e sobreviver às forças de lançamento e, em seguida, ser confiável por muitos anos”, explicou Simon Middleburgh, professor e codiretor do Nuclear Futures Institute da Universidade de Bangor.