Um estudo científico revelou que os adolescentes que permanecem mais de três horas por dia envolvidos em comportamentos sedentários, apresentam risco de enfrentar sofrimento psicológico no futuro.
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Segundo um estudo publicado no Journal of Adolescent Health, o tempo moderado de exposição a telas (entre 60 e 119 minutos por dia) investido em atividades educacionais, como fazer o dever de casa ou assistir às aulas, foi considerado um fator “protetor”, associado a menor sofrimento mental.
O trabalho, realizado no Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College London, no Reino Unido, analisou informações de 3.675 adolescentes que integram o Millennium Cohort Study, projeto que acompanha crianças nascidas entre os anos 2000 e 2002 e mantém uma ampla base de dados.
Dentre as questões analisadas com esse público, estavam “com que frequência nos últimos 30 dias” o participante sentiu nervosismo, desesperança, inquietude, humor depressivo, inquietação e inutilidade. A análise das pontuações, baseada na escala, indicou se estavam ou não em sofrimento psicológico.
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“O comportamento sedentário compreende atividades distintas, como, por exemplo, uso de computador, assistir TV, ler, ouvir música, assistir a uma aula. A maioria das pesquisas se concentra na análise do tempo total sentado, mas podemos ter atividade sedentária positiva, como assistir à aula e fazer a tarefa de casa, por exemplo. E existem atividades que não são benéficas, como passar muito tempo na internet ou jogando videogame”, explicou André de Oliveira Werneck, doutorando no Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) e autor do artigo.