A startup brasileira Future Cow quer produzir leite sem fazer o uso de vacas. O método alternativo se baseia na fermentação de precisão, que cria a proteína de leite com o mesmo sabor e textura, mas sem nenhum impacto animal.
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Com apoio da Fapesp, o processo será apresentado na feira internacional VivaTech, evento que reúne startups na Europa, entre 11 e 14 de junho em Paris, na França, em um estande da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo a foodtech, o projeto pode se tornar até 50% mais barato do que técnicas convencionais com vacas em produção de escala industrial. Na primeira etapa, a equipe faz o download do sequenciamento genético do DNA da proteína do leite.
Depois, a empresa codifica o hospedeiro (como leveduras, fungos ou bactérias) com as “instruções” do DNA da vaca para que ele produza o produto desejado, reproduzindo ambas e as colocam em tanques de fermentação (assim como se faz cerveja e vinhos) para obter a proteína do leite.
Após a fermentação, eles separam, precipitam e secam a proteína. A proteína seca pode ser adicionada à água e demais ingredientes para reconstituição do “leite” sem origem animal – que pode ser usado na fabricação de sorvetes, queijos e qualquer produto a base de laticínios.
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A empresa explica que 88% do leite de vaca é apenas água, sem nenhum valor comercial. Apenas 3% são proteínas, como caseína, amplamente utilizada na produção de queijos e iogurtes, e whey, popular no mercado de suplementos alimentares.
