Cerca de quatro milhões de casos de dengue em todo o mundo já foram registrados apenas em 2025. Além disto, a doença causou quase duas mil mortes, trazendo novos sinais de alerta.
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Para tentativa de solucionar esse quadro preocupante, um trabalho de pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, desenvolveu uma cepa de fungo capaz de enganar e matar mosquitos transmissores de doenças como dengue, malária e zika.
Durante a pesquisa, o microrganismo do gênero Metarhizium foi geneticamente modificado para liberar um composto de aroma adocicado semelhante ao das flores. Isso acaba atraindo os insetos, oferecendo uma alternativa biológica aos pesticidas químicos.
“Depois de observarmos que certos fungos conseguiam enganar os mosquitos, percebemos que poderíamos turbinar a atração modificando-os para produzir mais longifolene. Antes deste estudo, não se sabia que o longifolene atraía mosquitos”, declarou Raymond St. Leger, pesquisador da Universidade de Maryland e coautor do estudo.
Os pesquisadores explicam que os mosquitos que entram em contato com o fungo são infectados e morrem em poucos dias. Os experimentos mostraram que o método foi capaz de eliminar de 90% a 100% dos insetos. A equipe responsável pelo trabalho aponta que o fungo é inofensivo para pessoas e outros animais.
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Além disto, o microrganismo pode ser cultivado em substratos simples e baratos, como fezes de galinha, cascas de arroz e restos de trigo, tornando, assim, acessível para países de baixa renda, que são justamente os mais afetados por doenças transmitidas por mosquitos.
