Um fungo, normalmente associado a doenças ou outros problemas de saúde, pode trazer benefícios para o nosso organismo.
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O Hericium erinaceus, também conhecido como Juba de Leão, apresenta um suposto potencial para melhorar a saúde do cérebro, especialmente em áreas como cognição, memória e estresse, de acordo com um estudo publicado no portal The Conversation, desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Segundo Fabricio Pamplona, professor da instituição, a nova pesquisa avaliou os efeitos do fungo em 43 voluntários saudáveis com idades entre 18 e 45 anos. Os participantes foram divididos aleatoriamente para receber cápsulas com 600 mg de cogumelo três vezes ao dia ou placebo.
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Os testes foram feitos em dois momentos: logo após a primeira dose (efeito agudo) e depois de 28 dias de uso contínuo (efeito crônico). O objetivo era avaliar possíveis mudanças na cognição, no humor e no estresse percebido ao tomar e após 1 mês de tratamento. Apenas uma hora após a primeira dose, os participantes já apresentaram melhora significativa na velocidade de processamento cognitivo comparado ao grupo placebo.
Após 28 dias de uso contínuo, o grupo tratado com o cogumelo apresentou uma redução considerável nos níveis de estresse percebidos. Essa diferença foi significativa em relação ao grupo placebo, e também quando comparada ao próprio grupo antes da intervenção.
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Sobre o mecanismo de ação do fungo, o especialista aponta que os efeitos observados estejam relacionados à ação neurotrófica dos compostos do cogumelo, que aumentam a expressão de NGF e BDNF. Além disto, existem evidências de que esses compostos modulam neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina, o que pode explicar o efeito no estresse.
“Em populações mais vulneráveis, como idosos ou pessoas com quadros depressivos, os efeitos do Juba de Leão podem ser ainda mais marcantes. Mesmo assim, este foi o primeiro estudo a demonstrar um benefício agudo em tempo de resposta cognitiva em indivíduos sem comprometimento neurológico, o que apoia a ideia de se usar o fungo como um nootrópico, isto é, um “aumentador” de performance cognitiva”, declarou Fabricio Pamplona, professor da UFSC.