












Uma equipe de cientistas trouxe resultados curiosos acerca dos impactos causados pela Covid-19 na saúde humana. A mais recente descoberta indica que o SARS-CoV-2 pode atingir o cérebro e permanecer ativo no tronco cerebral por até 80 dias após a infecção.
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O estudo em questão foi realizado com hamsters dourados, que foram contaminados naturalmente e possuem o mesmo receptor que os humanos. Uma das conclusões do trabalho é que os sintomas nos animais persistiam por várias semanas após a infecção. Os roedores apresentaram sintomas relacionados ao sistema nervoso central, como ansiedade e perda de memória.
Em entrevista ao portal RFI, Guilherme Dias de Melo, que participou do estudo, descreveu que o trabalho identificou alterações em mecanismos cerebrais relacionados à dopamina, neurotransmissor envolvido em doenças neurodegenerativas como o Parkinson.
Segundo o cientista, a infecção pode causar uma desregulação metabólica com mecanismos semelhantes aos observados em certas disfunções cerebrais crônicas. “O vírus persiste no cérebro por bastante tempo e continua a contaminá-lo. Ele infecta várias células e altera o metabolismo e o funcionamento dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina, além de afetar enzimas, que parecem estar reduzidas. Todo o funcionamento desse sistema é comprometido durante a infecção”, disse.