Uma nova pesquisa nos EUA sugere que crianças com asma podem ter mais problemas de memória. O estudo é o primeiro a relacionar asma e déficits cognitivos. Os pesquisadores afirmam que, quanto mais cedo a criança desenvolve asma, maior é o prejuízo em sua memória.
Além disso, a condição afeta a memória episódica – ou seja, a habilidade de lembrar detalhes específicos de eventos. Crianças com asma tiveram um desempenho inferior em testes de memória em comparação com crianças sem a doença.
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Publicado na revista Jama Network Open, o estudo analisou dados de 473 crianças. A autora principal, Prof. Simona Ghetti, explicou que doenças crônicas geralmente aumentam o risco de dificuldades cognitivas em crianças, o que inclui não só a asma, mas também diabetes e problemas cardíacos.
Embora os pesquisadores ainda não saibam exatamente como a asma causa déficits de memória, eles levantam algumas hipóteses. Por exemplo, a inflamação prolongada e a falta de oxigênio durante crises de asma podem impactar o cérebro. Além disso, o estresse e a privação no início da vida, que agravam a asma, também podem afetar a memória.
Risco de problemas cognitivos
O coautor do estudo, Nicholas Christopher-Hayes, destacou que a infância representa uma fase de rápido desenvolvimento cognitivo. No entanto, em crianças com asma, esse avanço pode ocorrer de forma mais lenta. Ele observou que essa perda de memória pode aumentar o risco de problemas cognitivos na vida adulta, como a demência.
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Por fim, Nick Hopkinson, especialista em medicina respiratória, enfatizou a importância de controlar a asma e prevenir seu desenvolvimento. “De qualquer forma, prevenir o desenvolvimento de asma e garantir que crianças com asma recebam cuidados adequados para que sua condição seja o mais controlada possível é crucial”, conclui.
