Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco, nos Estados Unidos, descobriram um novo método para o tratamento da depressão profunda: um implante cerebral eletrônico.
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O dispositivo do tamanho de uma caixa de fósforo tem como função de emitir impulsos elétricos quando detecta que o cérebro precisa de estímulos. O novo tratamento está em fase experimental e uma única paciente que recebeu a ferramenta apontou as mudanças radicais – e positivas.
Sarah, de 39 anos, convive com a depressão há anos e realizou tratamentos com remédios antidepressivos e terapia eletroconvulsiva, mas todos métodos falharam. “Tinha esgotado todas as opções de tratamento possíveis”, relatou.
Katherine Scangos, psiquiatra da Universidade da Califórnia, relatou que foram instalados detectores na área dos “circuitos da depressão” no cérebro da paciente. O estimulador em uma área chamada corpo estriado ventral, onde foi possível eliminar de maneira consistente os sentimentos da doença.
Scangos ressalta que é necessário observar os circuitos em outros pacientes e voluntários para entender se “o biomarcador de um indivíduo ou o circuito do cérebro muda com o tempo, à medida que o tratamento continua”.
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“Para ser claro, esta não é uma demonstração da eficácia desse tratamento. É realmente apenas a primeira demonstração de que isso funciona em alguém e temos muito trabalho pela frente para validar esses resultados. Precisamos saber se realmente é algo que será duradouro”, disse o neurocirurgião responsável por instalar o dispositivo na paciente.