Em 2017, um rinoceronte lanoso adulto (Coelodonta antiquitatis) surpreendeu a comunidade científica ao ser descoberto mumificado no nordeste da Sibéria, mais precisamente no distrito de Abyysky, região da Yakutia, Rússia. O achado aconteceu nas margens do rio Tirekhtyakh, dentro de uma camada de permafrost, graças à observação de um morador local.
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Considerado um dos exemplares adultos mais completos da espécie já encontrados, o rinoceronte apresentava um nível de conservação extraordinário. Ainda exibia pelagem densa aderida ao corpo, pele intacta, tecidos moles preservados — incluindo parte dos órgãos internos — além do chifre e até restos do sistema digestivo.
Além disso, a datação por radiocarbono revelou que o fóssil tem cerca de 39 mil anos, equiparando-se em antiguidade ao rinoceronte juvenil encontrado em 2014. Contudo, o novo achado representa um indivíduo adulto, oferecendo informações mais amplas sobre o desenvolvimento completo da espécie.
A notável conservação permitiu análises detalhadas da estrutura muscular e dos possíveis alimentos ingeridos pouco antes da morte. Esses dados reforçam o conhecimento sobre a dieta e as adaptações do animal ao clima extremo da Era do Gelo, além de oferecer pistas relevantes sobre sua extinção.
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Sobretudo, a raridade de encontrar pelagem e chifre preservados torna esse fóssil uma descoberta singular para a paleontologia, lançando nova luz sobre os megamamíferos que habitaram o planeta em um período remoto da história natural.