Um estudo conduzido pela Durham University, no Reino Unido, desafia teorias antigas sobre saltos abruptos na evolução do cérebro humano. A análise, baseada em um extenso banco de dados fósseis que cobre sete milhões de anos, revela que o crescimento cerebral ocorreu de forma gradual, sem picos súbitos. Essa abordagem questiona a visão tradicional de que algumas espécies, como os neandertais, teriam sido inflexíveis na adaptação.
Os cientistas utilizaram técnicas computacionais e estatísticas avançadas para preencher lacunas no registro fóssil, chegando à conclusão de que a evolução do tamanho do cérebro foi guiada por mudanças constantes e progressivas. Além disso, descobriram uma correlação entre o tamanho corporal e o cerebral entre diferentes espécies humanas, embora essa relação não se mantenha dentro de uma mesma espécie.
“Esses resultados evidenciam como pressões evolutivas atuaram de maneira complexa sobre o desenvolvimento do cérebro ao longo de milhões de anos”, explica o comunicado divulgado pelos pesquisadores.
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O estudo também destaca que o aumento cerebral não deve ser interpretado como sinônimo de maior inteligência, já que fatores biológicos e ambientais desempenham papéis cruciais. As conclusões completas foram publicadas na revista científica PNAS.
Outro estudo, realizado pela UC Davis, indica que o cérebro humano também apresentou crescimento em períodos mais recentes. Comparando indivíduos nascidos nos anos 1930 e 1970, os pesquisadores observaram um aumento de 6,6% no volume cerebral e 15% na área da superfície cerebral. No entanto, especialistas alertam que esses números não podem ser diretamente associados ao nível de inteligência, já que fatores como estilo de vida e nutrição têm influência significativa.
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Essas descobertas reafirmam a complexidade da evolução humana, mostrando que o aumento do cérebro é apenas uma peça em um vasto quebra-cabeça evolutivo.