Desmatamento da Amazônia cai, mas degradação entra em crescimento

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Um novo estudo realizado por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e instituições do Reino Unido e dos Estados Unidos, trouxe indícios de queda no desmatamento da Amazônia. A degradação, todavia, aumentou.

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Os pesquisadores explicam que, enquanto o desmatamento remove a cobertura de vegetação nativa, a degradação enfraquece a floresta sem destruí-la de forma definitiva. Um cenário comprometedor que surge são as metas internacionais de combate à crise climática assumidas pelo Brasil.

De acordo com os cientistas, os alertas de degradação na Amazônia subiram 44% de 2023 para 2024, enquanto em relação a 2022, o solta é de 163%. No ano passado, apenas, foram 25.023 quilômetros quadrados de floresta degradados, sendo cerca de 66% por incêndios florestais.

Os dados, por sua vez, representam uma área maior do que a do estado de Sergipe, enquanto o desmatamento caiu, respectivamente, 27,5% e 54,2%. As conclusões em questão foram descritas em estudo publicado na revista Global Change Biology.

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“A degradação é um processo mais difícil de ser identificado do que o desmatamento porque ocorre enquanto ainda existe a floresta em pé. É decorrente principalmente do fogo, que nos últimos dois anos foi agravado pelo cenário de seca na Amazônia. Há ainda o corte seletivo de árvores e o efeito de borda. Tudo isso diminui os serviços ecossistêmicos prestados por essas florestas. O entendimento desse dado contribui para a formulação de políticas públicas”, explicou Guilherme Mataveli, pós-doutorando na Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do Inpe.

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