Dois diamantes extraídos de uma mina na África do Sul forneceram um retrato inédito da composição interna da Terra. O estudo, feito por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, encontrou os primeiros indícios diretos de ligas metálicas de níquel-ferro e de carbonatos ricos em níquel presentes no manto terrestre.
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A descoberta foi feita através da análise de inclusões microscópicas presentes dentro dos diamantes da mina de Voorspoed. Os cientistas descrevem essas pedras preciosas como “cápsulas do tempo”, capazes de preservar registros químicos que revelam reações ocorridas em regiões inacessíveis do planeta.
O trabalho reuniu a colaboração de cientistas da Universidade de Nevada e da Universidade de Cambridge, e modelos anteriores sugeriam que, a cerca de 250 a 300 quilômetros de profundidade, deveriam existir ligas metálicas ricas em níquel.
Todavia, não havia amostras naturais capazes de comprovar a teoria. “Os diamantes atuam como pequenas cápsulas do tempo, preservando uma reação que desapareceria conforme os minerais se reequilibrassem com o ambiente”, explicou o pesquisador Yaakov Weiss, autor principal do estudo.
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A pesquisa identificou tanto ligas de níquel-ferro quanto carbonatos ricos em níquel coexistindo dentro das pedras. Essa coexistência indica um processo conhecido como reação redox de congelamento metasomático, em que um material rico em carbono e oxidado interage com rochas do manto contendo metais em estado reduzido.