Em estudo científico constatou que o menor consumo de proteínas foi associado ao controle do diabetes e à redução da obesidade.
De acordo com a revista científica Nutrients, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade de Campinas (Unicamp), do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, foram acompanhados cerca de 21 voluntários com síndrome metabólica, no período de 27 dias, com dietas de restrição proteica e com restrição calórica.
Pessoas com síndrome metabólica apresentam fatores de risco, como hipertensão, nível elevado de açúcar no sangue, excesso de gordura corporal em torno da cintura e colesterol alto. O conjunto em questão pode levar ao desenvolvimento de diabetes e doenças cardíacas.
“Os resultados do estudo mostram que a dieta de restrição de proteína é eficaz para controlar a diabete e reduzir a obesidade. Além disso, diminuiu os níveis de colesterol, controlou a pressão arterial e auxiliou na redução do peso corporal com perda de gordura e manutenção de músculos”, explicou o pesquisador Rafael Ferraz Bannitz, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, um dos autores do estudo, citado pelo Jornal da USP.
Todos os voluntários possuíam Índice de Massa Corporal (IMC) alto, indicando obesidade moderada a grave. Além disso, foram diagnosticados com diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e níveis elevados de gordura no sangue, tendo avaliação da pressão arterial, peso, composição corporal, distribuição de gordura, gasto energético basal e outras análises bioquímicas e moleculares, como microbioma intestinal e modificação da expressão de genes do tecido adiposo.
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“A característica isocalórica [mesma quantidade de calorias] da dieta de restrição proteica torna essa abordagem nutricional mais atraente e menos drástica para ser aplicada em ambientes ambulatoriais e na casa dos pacientes. Além disso, tem potencial para ser usada como terapia auxiliar em pessoas com síndrome metabólica com diabete e obesidade”, comentou Bannitz.