Pesquisadores do Schmidt Ocean Institute anunciaram a descoberta de um ecossistema marinho que era desconhecido até então. Ele foi revelado após o desprendimento de um iceberg gigante na Antártida, que aconteceu em janeiro.
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Os cientistas mudaram os seus planos e realizaram uma expedição de oito dias ao local. No fundo do mar, foram localizados corais, esponjas, peixes-gelo, aranhas-do-mar gigantes e polvos.
O veículo operado remotamente ROV SuBastian foi utilizado para explorar as profundezas do oceano, sendo capaz de alcançar até 1.300 metros. Ele revelou um ecossistema próspero e diversificado, algo considerado incomum em regiões de mar profundo.
A equipe ficou impressionada com o tamanho de alguns animais encontrados, e pode indicar que eles estão ali há décadas ou até centenas de anos. Os cientistas explicam que, normalmente, os ecossistemas de águas profundas dependem de nutrientes que descem da superfície iluminada pelo Sol. Porém, a região esteve coberta por cerca de 150 metros de gelo por séculos, sem acesso direto a essa fonte de alimento.
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O estudo não apenas revelou um novo ecossistema marinho, mas forneceu, também, dados sobre o comportamento passado da camada de gelo da Antártida, uma região afetada pelas mudanças climáticas.
