Um conjunto de dados recentes e meticulosos, obtidos por meio do Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI) no Observatório Nacional de Kitt Peak, no Arizona (EUA), aponta para a chance de que a energia escura acelere não seja uma constante imutável.
++ Exploração da Lua pode conter ajuda importante do Brasil
De acordo com esses números, foi sugerida a realidade alternativa: a energia escura pode ter atingido seu pico quando o Universo tinha cerca de 70% da sua idade atual e está perdendo força desde então — atualmente, cerca de 10% mais fraca.
Essa descoberta levanta a possibilidade de que, em um futuro próximo, a aceleração possa cessar, estabilizando a expansão ou até a revertendo, em um colapso final, o “big crunch”.
O DESI, equipado com cinco mil fibras ópticas robotizadas, realizou varredura que abrange em torno de 15 milhões de galáxias e outros objetos celestes, mapeando 11 bilhões de anos de história cósmica com precisão sem precedentes. A análise desses dados, conduzida por colaboração internacional de mais de 900 pesquisadores de instituições renomadas, tem provocado intenso debate na comunidade científica.
++ Menino talentoso impressiona ao cantar Garota de Ipanema em 4 idiomas diferentes
Enquanto os resultados do DESI apontam para evolução na intensidade da energia escura em épocas mais recentes, outras observações confirmam que, no Universo primordial, os parâmetros do modelo padrão da cosmologia se comportavam conforme o esperado. Os cenários futuros do Universo, até então pautados pelo modelo com energia escura constante, podem sofrer reavaliação profunda, com duas possibilidades: estabilização da expansão e o “big crunch”.