Entenda a decisão da Anvisa de proibir o “chip da beleza”

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da manipulação, comercialização, propaganda e uso de hormônios implantáveis manipulados, conhecidos popularmente como “chips da beleza”. A medida foi anunciada após relatos de complicações graves em pacientes e denúncias de entidades médicas sobre o uso inadequado desses produtos para fins estéticos.

Os “chips da beleza” são implantes hormonais frequentemente promovidos como soluções para perda de peso, ganho de massa muscular e melhorias estéticas. Compostos por substâncias como testosterona, gestrinona e oxandrolona, esses implantes não possuem comprovação científica de segurança e eficácia para tais finalidades, o que os torna controversos.

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Entre os riscos associados ao uso, destacam-se aumento do colesterol, hipertensão, alterações cardíacas, além de efeitos colaterais como acne, queda de cabelo, insônia e crescimento excessivo de pelos em mulheres. Segundo a Anvisa, a decisão é uma ação preventiva para proteger a saúde pública.

Tatiana Melo, representante do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), destacou a importância da orientação profissional e do rigor no uso de substâncias hormonais. “Essa proibição deve servir como um alerta para que a população priorize tratamentos respaldados por evidências científicas e profissionais qualificados”, afirmou.

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A suspensão não afeta implantes hormonais devidamente registrados e regulamentados pela Anvisa. Profissionais de saúde são orientados a informar pacientes sobre os riscos e recomendar consultas médicas para avaliação de tratamentos em andamento. Além disso, qualquer reação adversa ao uso desses produtos deve ser comunicada diretamente à Agência.

A Anvisa reforça que farmácias de manipulação devem seguir rigorosamente as normas de segurança, garantindo que apenas produtos com eficácia comprovada sejam disponibilizados. A decisão se baseia na legislação que regula a fabricação e comercialização de medicamentos, priorizando a saúde e a segurança dos consumidores.

 

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