O derretimento acelerado de geleiras em decorrência das mudanças climáticas pode tornar erupções vulcânicas mais frequentes e explosivas, de acordo com um novo estudo científico.
++ Objeto interestelar é detectado visitando o Sistema Solar
A pesquisa, apresentada na Conferência Goldschmidt de 2025, em Praga, na República Tcheca, avaliou a atividade de seis vulcões no sul do Chile durante a última era glacial e aponta que a retirada do gelo aumenta a pressão nas câmaras magmáticas.
De acordo com Pablo Moreno Yaeger, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), as geleiras exercem uma pressão que suprime o comportamento eruptivo dos vulcões, e ao derreterem, essa pressão diminui, permitindo a expansão de gases e magma, o que pode desencadear erupções violentas.
Os cientistas, agora, identificam risco semelhante em outras áreas cobertas por gelo, como Antártida, América do Norte, Nova Zelândia e Rússia, onde ao menos 245 vulcões ativos estão sob ou próximos a geleiras.
Segundo Moreno Yaeger, as erupções podem liberar grandes volumes de gases de efeito estufa, em que o aquecimento derrete o gelo, o que ativa vulcões e as erupções, por sua vez, podem acelerar ainda mais o aquecimento do planeta.