Um estudo revelou que o risco de pedra nos rins pode aumentar em quase 90% com o consumo exagerado de um determinado alimento. Descubra qual é.
O consumo excessivo de sal é frequentemente apontado como um dos principais responsáveis pela formação de cálculos renais. Contudo, novas pesquisas indicam que há outro componente na nossa dieta que merece atenção redobrada: o açúcar.
De acordo com um estudo recente, a ingestão elevada de açúcares adicionados pode aumentar significativamente o risco de desenvolver pedras nos rins, uma condição extremamente dolorosa e desconfortável.
Pesquisas mostram que pessoas que consomem 25% ou mais de suas calorias diárias provenientes de açúcares adicionados, têm 88% mais probabilidade de desenvolver pedras nos rins, comparadas àquelas que limitam a ingestão de açúcar a menos de 5% das calorias diárias.
Açúcares adicionados, presentes em alimentos e bebidas processados, não só contribuem para o ganho de peso, mas também estão associados a condições como hipertensão e diabetes. Estudos indicam que o excesso de açúcar na dieta pode aumentar os níveis de cálcio, um dos principais fatores de risco para a formação de cálculos renais. Esse aumento de cálcio pode acelerar a formação de pedras, especialmente em indivíduos predispostos.
O que são açúcares adicionados?
Açúcares adicionados são aqueles que não ocorrem naturalmente nos alimentos, mas são incorporados durante o processamento ou preparação. Exemplos incluem sacarose (açúcar de mesa), xarope de milho rico em frutose, mel, melaço e outros aditivos. Alimentos naturais, como frutas, que contêm frutose, não aumentam o risco de pedras nos rins, pois se trata de um açúcar natural.
No entanto, o consumo elevado de açúcares não-orgânicos pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, problemas dentários e até alguns tipos de câncer. Alimentos e bebidas ricos em açúcares adicionados geralmente são calóricos, mas pobres em nutrientes essenciais, resultando em ganho de peso e deficiências nutricionais.
Sintomas de pedra nos rins
O risco de pedra nos rins pode afetar qualquer pessoa e apresenta sintomas clássicos. Inicialmente, surge uma dor intensa nas costas ou abdômen, de forma súbita e quase insuportável. Muitas pessoas procuram ajuda médica somente com esse sintoma, o que é correto. A dor irradia para as costas ou virilha e pode variar de intensidade dependendo da posição, mas raramente desaparece por conta própria.
Além disso, a dor durante a micção é outro sintoma comum, especialmente quando a pedra se movimenta. Esse desconforto pode variar em intensidade, mas é um bom sinal, pois indica que a pedra está sendo expelida sem necessidade de cirurgia. Quando a dor se torna intensa, pode haver náuseas ou vômitos, e a frequência das idas ao banheiro aumenta. Nesses casos, é crucial procurar ajuda médica imediatamente.
Como prevenir e tratar pedras nos rins
Consultar um médico é essencial para obter o tratamento adequado. Geralmente, recomenda-se aumentar a ingestão de água para 2-3 litros por dia, ajudando a eliminar pequenas pedras naturalmente. Analgésicos podem aliviar a dor e medicamentos específicos podem facilitar a passagem das pedras. Em casos mais graves, procedimentos médicos como litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO), ureteroscopia ou até cirurgia podem ser necessários para remover cálculos grandes.
Reduzindo o risco de pedras nos rins
Para diminuir o risco de pedras nos rins, é fundamental reduzir a ingestão de açúcares adicionados. Adotar uma dieta nutritiva, rica em água e pobre em açúcar e sal, ajuda a manter a saúde renal. Ler atentamente os rótulos dos alimentos e optar por produtos minimamente processados é uma estratégia eficaz para controlar a ingestão de açúcares adicionados. Manter-se hidratado é essencial, pois beber bastante água reduz a concentração de substâncias que podem formar pedras.