Um novo estudo revelou que a pré-diabetes está fortemente ligada a um risco maior de ataque cardíaco. Para chegada desta conclusão, os pesquisadores analisaram dados de 1,79 milhão de internações de pacientes que sofreram infarto do miocárdio.
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O artigo, apresentado durante a reunião anual da Endocrine Society, uma organização médica internacional de profissionais na área de endocrinologia, trouxe explicações sober a condição na qual os níveis de glicose no sangue são mais altos que o normal.
Do total de pacientes analisados no estudo, 1% tinha pré-diabetes. Após o ajuste para fatores de risco para doenças cardíacas (incluindo idade, sexo, raça, histórico familiar de ataque cardíaco, pressão alta, colesterol alto, diabetes, tabagismo e obesidade), essa condição foi associada a um aumento de 25% nas chances de ataque cardíaco, em comparação com os pacientes sem pré-diabetes.
Pessoas com pré-diabetes obtiveram em torno de 45% mais chances de precisar de intervenção percutânea (um tratamento cardíaco para abrir vasos sanguíneos bloqueados). Além disto, pacientes nessa condição apresentaram quase o dobro do risco de ter uma cirurgia de revascularização do miocárdio.
“A pré-diabetes não é tratada com medicamentos, pelo menos inicialmente”, explicou a principal autora do estudo, Geethika Thota, residente de medicina interna do Hospital Universitário de São Pedro, Nova Jersey, nos Estados Unidos. “Nosso estudo serve como um alerta para que todos mudem o foco para o gerenciamento da pré-diabetes, não apenas da diabetes”, disse Thota.