Um novo estudo realizado por cientistas teve como conclusão de que a cepa responsável pela famosa herpes labial pode ter surgido durante a Idade do Bronze.
A época, para quem não sabe, é conhecida pelo desenvolvimento de utensílios feitos com o elemento, sendo responsável, ainda, pelo aumento do comércio e pelas migrações de humanos da Eurásia para a Europa.
A pesquisa, realizada pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, trouxe análise de amostras de DNA de raízes de dentes de milhares de anos atrás. Essa densidade populacional apresentou uma mistura de práticas culturais, que inclui beijos.
“Todas as espécies de primatas têm algum tipo de herpes, então assumimos que está conosco desde que nossa própria espécie deixou a África”, explicou Christiana Scheib, pesquisadora do St John’s College, de Cambridge (Inglaterra), e diretora do antigo laboratório de DNA da Universidade de Tartu, na Estônia.
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O levantamento de registros antigos ainda apontou que, séculos depois, o imperador romano Tibério (42 BC – 37 AD) tentou proibir o beijo em funções oficiais para evitar a propagação de doenças. Os pesquisadores acreditam que a ação também tem ligação com a herpes. De acordo com a equipe, eles são os primeiros a sequenciar genomas antigos de HSV-1. Os dados genéticos mais antigos sobre herpes são de meados de 1925, há quase 100 anos.