Um estudo recente revelou uma habilidade surpreendente dos corvos: esses pássaros guardam rancor de humanos e podem se vingar até 17 anos após um evento traumático. A pesquisa destacou que os corvos são capazes de reconhecer rostos humanos com precisão. Dessa forma, eles monitoram e hostilizam indivíduos que consideram ameaças, e essa vigilância pode durar décadas.
O professor John Marzluff, da Universidade de Washington, conduziu experimentos que demonstram esse comportamento. Para isso, ele usou uma máscara de ogro para capturar corvos. Mesmo após a liberação, as aves mantiveram rancor e reagiram com gritos agressivos na presença da máscara, o que evidencia sua memória a longo prazo. Além disso, um estudo semelhante foi realizado por Christian Blum, cientista cognitivo da Universidade de Viena. O experimento trouxe os mesmos resultados.
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Um caso notável foi o de Gene Carter, um especialista em computação. Após jogar um ancinho para espantar um bando, os corvos o perseguiram e o observaram por quase um ano. Ao The New York Times, Carter descreveu essa experiência como aterrorizante e inusitada.
Além disso, o estudo revelou que os corvos transferem rancor de geração para geração. Isso significa que o ódio pode passar de pais para filhotes, intensificando a complexidade de suas relações sociais. A inteligência dos corvos é realmente notável; eles imitam a fala humana, usam ferramentas e realizam rituais de “funeral” para membros do bando.
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Por fim, essa pesquisa desafia a ideia de que pássaros são criaturas sem inteligência. As aves, especialmente os corvos, mostram-se verdadeiros gênios, capazes de ações complexas e raciocínio avançado. Marzluff se refere a eles como “macacos voadores”, destacando sua inteligência e excepcional capacidade de planejamento.