Uma pesquisa recente conduzida pela University of Alaska Fairbanks trouxe novos dados sobre a longevidade das baleias-francas. Contrariando as estimativas anteriores, cientistas descobriram que a baleia-franca-austral pode alcançar uma expectativa de vida superior a 150 anos, praticamente o dobro do que se acreditava anteriormente.
Os dados analisados foram coletados ao longo de quatro décadas por programas de identificação fotográfica, que acompanham baleias individualmente. Os pesquisadores elaboraram gráficos de sobrevivência para as espécies estudadas, revelando que a baleia-franca-austral, anteriormente considerada longeva até os 80 anos, pode superar os 130 anos com facilidade.
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Enquanto a baleia-franca-austral se destaca pela longevidade, a situação é diferente para a baleia-franca-do-Atlântico-Norte. Segundo o estudo, a expectativa de vida média dessa espécie é de apenas 22 anos, sendo raros os casos em que ultrapassam os 50 anos.
Os pesquisadores apontam que a diferença está diretamente ligada às atividades humanas. Colisões com navios, aprisionamento em redes de pesca e mudanças climáticas são os principais fatores que comprometem a sobrevivência da baleia-franca-do-Atlântico-Norte.
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O estudo também sugere expandir a análise para outras populações de baleias e investigar os efeitos da caça comercial sobre a proporção de baleias mais velhas nas populações atuais. Apesar da recuperação de muitas espécies após o fim da caça industrial, os cientistas pretendem explorar como o envelhecimento das populações pode influenciar a conservação dessas espécies no futuro.
Publicado na revista Science Advances, o estudo abre novas possibilidades para a pesquisa sobre a longevidade e a preservação de baleias, além de reforçar a importância de medidas para minimizar os impactos humanos nos oceanos.