O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, afirmou em entrevista à BBC que a inteligência artificial pode acelerar a pesquisa em fusão nuclear a ponto de gerar resultados práticos já na próxima década. Para ele, a tecnologia que imita o processo que alimenta o Sol tem condições de começar a abastecer redes elétricas em um período de oito a 15 anos.
“Será um grande motor de redução das emissões de gases de efeito estufa”, disse Wright, que prevê avanços decisivos ainda nos próximos cinco anos graças ao uso de modelos de IA em experimentos de física nuclear.
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A avaliação contrasta com a visão predominante na comunidade científica, que considera a fusão comercial ainda distante. O principal obstáculo é a necessidade de aquecer átomos a temperaturas inimagináveis e manter a reação sob controle por tempo suficiente para gerar energia em escala viável.
Além da defesa da fusão, Wright também endossou o fracking no Reino Unido e pediu mais licenças de exploração de petróleo e gás no Mar do Norte. Ele criticou a dependência da Europa em relação a painéis solares e turbinas importadas da China, e voltou a defender cortes em subsídios às energias renováveis.
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Embora reconheça a mudança climática como real, o secretário argumentou que a transição energética global não ocorrerá em poucas décadas, mas ao longo de gerações.
A entrevista acontece às vésperas da visita do ex-presidente Donald Trump ao Reino Unido, onde ele se encontrará com o primeiro-ministro Keir Starmer e o rei Charles no Castelo de Windsor.