Pesquisadores do Instituto de Ciências Weizmann realizaram um experimento que mostra como as formigas podem trabalhar em equipe melhor do que os seres humanos, mesmo sem possuir as mesmas capacidades comunicativas. O estudo comparou formigas-loucas (Paratrechina longicornis) e humanos resolvendo um labirinto, um desafio clássico de planejamento e movimentação.
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Para garantir um experimento justo, os cientistas usaram um objeto em forma de T, o qual precisava ser movido por um labirinto com três câmaras. O objetivo, assim, era testar a habilidade de cada espécie em colaborar para superar o obstáculo, em três configurações: uma formiga ou pessoa, um pequeno grupo e um grande grupo.
Os humanos, no entanto, não podiam se comunicar verbalmente ou por gestos. Isso, por consequência, prejudicou seu desempenho, especialmente em grupos maiores. Eles, então, buscaram soluções rápidas e tomaram decisões individuais, o que os fez se sair pior que as formigas.
As formigas, por outro lado, mostraram uma incrível capacidade de trabalhar em equipe. Quanto maior o grupo, mais eficiente foi o desempenho. A memória coletiva e a cooperação, portanto, ajudaram as formigas a se saírem bem. Elas, desse modo, agiram como uma unidade e resolveram o labirinto de forma mais eficiente que os humanos.
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A pesquisa, portanto, mostrou que as formigas, em grupo, têm uma inteligência coletiva que as torna mais eficazes que quando estão sozinhas. Isso, ao final, desafia a ideia de que a inteligência coletiva humana é superior. Em certas situações, de fato, o trabalho em equipe das formigas é mais eficiente. Os resultados observados foram publicados na segunda-feira (23) em um artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.