Pesquisadores da Universidade de Keele investigaram a possível relação entre explosões estelares e extinções em massa na Terra. A análise sugere que supernovas próximas podem ter provocado danos à camada de ozônio, desencadeado chuvas ácidas e exposto organismos à radiação ultravioleta, impactando profundamente a vida no planeta.
A pesquisa se baseou no estudo de estrelas massivas do tipo OB, que têm ciclos de vida curtos e temperaturas elevadas. Utilizando a Via Láctea como referência, os cientistas calcularam a frequência de supernovas ocorridas a até 65 anos-luz do Sol e compararam os dados com registros geológicos de extinções em massa. Os resultados apontaram que as extinções do Devoniano e do Ordoviciano, ocorridas há milhões de anos, coincidem com períodos de intensa atividade estelar.
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Embora estudos anteriores já tenham relacionado mudanças na camada de ozônio a eventos de extinção, ainda não havia uma explicação definitiva para a causa dessas alterações. O novo levantamento reforça a hipótese de que explosões estelares podem ter desempenhado um papel decisivo nesses processos.
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O trabalho foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e levanta novas questões sobre a influência de fenômenos cósmicos na evolução da vida na Terra.