A extinção oficial da borboleta-branca-da-Madeira (Pieris wollastoni) marcou um capítulo sombrio na conservação europeia. Exclusiva do arquipélago da Madeira, a espécie desapareceu há décadas e, agora, integra a Lista Vermelha Europeia de Borboletas como extinta. Esse reconhecimento não apenas encerra sua história, mas também evidencia o declínio acelerado da fauna insular.
Diante da notícia, a organização ambiental Rewilding Portugal reagiu com preocupação. A ONG declarou que o desaparecimento da borboleta simboliza, sobretudo, a fragilidade dos ecossistemas portugueses e europeus. Além disso, reforçou que ainda é possível evitar novas perdas, desde que governos implementem políticas urgentes, atuem com planejamento e invistam em estratégias de conservação duradouras.
Os dados divulgados junto à atualização expõem uma tendência alarmante. O número de borboletas ameaçadas na Europa aumentou cerca de 73% em apenas dez anos. Entre as causas mais críticas estão a destruição de habitats, a expansão da agricultura intensiva, a fragmentação ambiental e os impactos das mudanças climáticas.
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Nesse sentido, regiões como Madeira e Açores, que abrigam espécies únicas, tornam-se especialmente vulneráveis.Após essa perda irreversível, a Rewilding Portugal defende um pacto nacional pelo restauro ecológico. Assim, a entidade propõe ações firmes, financiamento contínuo e monitorização efetiva para impedir que outras espécies sigam o mesmo destino. A borboleta da Madeira pode ter desaparecido, mas seu legado permanece como um aviso claro sobre os rumos da biodiversidade.
